O BELO
Enfim, o que há de belo
na monotonia dos dias,
senão os dias que se seguem,
incólumes como os deuses,
que do Olimpo ferem
com sua imortalidade
a fragilidade dos homens?
O que há de belo no frenesi
da noite, que guarda de nós
o melhor de nossos dias?
O que há de belo no sumo
sumário dos sonhos,
Na saga solitária e sombria
rumo à Alegria?
Há um desejo, um lampejo
de vida plena,
de felicidade na doce angústia
da saudade,
na dolência das horas,
que passam tão depressa
nos momentos fraternos.
Há um leve desespero
pela eternidade dos tempos,
na inesperada união das estradas;
por onde seguem, felizes para sempre...
como num conto de fadas.
(PC - 27/03/2008)
2 comentários:
O quê há de belo? Nada além da beleza cândida de exprimir o anseio contido nos corações humanos: o lampejo de vida plena, apesar da contradição de encontrar felicidade na doce angústia...e ainda assim seguir feliz para sempre. Há tudo de belo em seu poema. Belíssimo! Parabéns! Luciana Melo
oiP .. passei aqui pra dar uma olhadinha e vi que tem novidades ..
bjs
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