SURTO
Que mágoas tão marcadas canto agora!
Meu corpo foi surrado e minha alma
padece em agonia sem disfarce;
quem poderá deter o mal lá fora?
Que lutas me concedem meus labores!
Já não consigo mais seguir em frente,
pois todos meus esforços são derrota;
quem livrará meu corpo penitente?
Que falta de esperança em mim aporta!
Em minha porta a solidão insiste,
e em riste os dedos para mim aponta;
quem pode resistir tamanha afronta?
Que ditos desditosos destes versos!
São frutos de infortúnio tão pungente,
causado em mim por corações perversos.
Quem nunca reclamou inutilmente?
(Paulo Cruz)
Um comentário:
Fecho contigo no que o amor quiser re-cl-amar, fecho contigo, no que o amor fizer...
Sim, estive passe-ando por suas paisagens poéticas. Sor-vendo riquezas inauditas nas muitas formas e cores, na melo-dia harmoniosa de tudo. Eis que havia perfume no ar, havia pegadas e marcas de viaj-antes, havia transparência de Etern-idade e abrigo...
Repen-ti-na-mente notei que estava a-com-panhado por um sentimento que brilhava e iluminava tudo. A sensação inspiradora só me permitia pensar em duas palavras pequeninas: seja agradecido!
Sou grato por você exist-ir meu amigo. Exist-ir e vir poetizando... Sou grato por nossa amizade vi-andante nas tardes e in-tervalos do tempo... Sou grato por todo bem que você me faz!
Há-braços ternos-sem-gravatas...
Miguel
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