TEUS SOLOS
a Miguel Garcia
Tuas emanações artísticas
não poderiam ter outro nome:
Acordes! – é o que me dizes.
Assim, desperto, caminho em teus solos,
de peito aberto respiro
teus ar-pejos pujantes,
catalogando cada um de teus dedilhados
ilhado em tuas ondas sonoras,
colhendo cada escala saciado.
Teu canto é centro, vasto mundo
habitado de infinitos horizontes,
onde vozes tantas envolvem
uma única solidão,
na angustiante tarefa de ser e amar.
(Paulo Cruz)
http://miguelgarciapoeta.blogspot.com
quinta-feira, dezembro 17, 2009
terça-feira, dezembro 01, 2009
MINHA PRECE
Ao que parece, minha prece
não foi ouvida.
Não digo que não tenho crido,
são meus sentidos que, frustrados,
não têm dado chance a estados
mais receptivos.
Sei, é necessário sarar minha mente,
pois enquanto meus olhos marejados
não minarem estas lágrimas,
de maneira alguma serei são.
Permanecerei filho desta loucura
que me arrasta,
escravo desta incredulidade doente...
e propenso a escapes.
Porém, não me culpem os constantes,
sou assim mesmo, movediço.
Sou aquele caniço
movido pelo vento;
cuja face aguerrida
pelo dorso curvado,
toca a Água da Vida.
(Paulo Cruz)
Ao que parece, minha prece
não foi ouvida.
Não digo que não tenho crido,
são meus sentidos que, frustrados,
não têm dado chance a estados
mais receptivos.
Sei, é necessário sarar minha mente,
pois enquanto meus olhos marejados
não minarem estas lágrimas,
de maneira alguma serei são.
Permanecerei filho desta loucura
que me arrasta,
escravo desta incredulidade doente...
e propenso a escapes.
Porém, não me culpem os constantes,
sou assim mesmo, movediço.
Sou aquele caniço
movido pelo vento;
cuja face aguerrida
pelo dorso curvado,
toca a Água da Vida.
(Paulo Cruz)
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