terça-feira, dezembro 01, 2009

MINHA PRECE

Ao que parece, minha prece
não foi ouvida.
Não digo que não tenho crido,
são meus sentidos que, frustrados,
não têm dado chance a estados
mais receptivos.

Sei, é necessário sarar minha mente,
pois enquanto meus olhos marejados
não minarem estas lágrimas,
de maneira alguma serei são.
Permanecerei filho desta loucura
que me arrasta,
escravo desta incredulidade doente...
e propenso a escapes.

Porém, não me culpem os constantes,
sou assim mesmo, movediço.

Sou aquele caniço
movido pelo vento;
cuja face aguerrida
pelo dorso curvado,
toca a Água da Vida.

(Paulo Cruz)

Um comentário:

Miguel Garcia disse...

Ao que parece sua prece foi mais que ou-vida, mais que sofr-ida, mas que uma prece: foi eco de c-orações.

Há-braços,

Miguel