MINHA PRECE
Ao que parece, minha prece
não foi ouvida.
Não digo que não tenho crido,
são meus sentidos que, frustrados,
não têm dado chance a estados
mais receptivos.
Sei, é necessário sarar minha mente,
pois enquanto meus olhos marejados
não minarem estas lágrimas,
de maneira alguma serei são.
Permanecerei filho desta loucura
que me arrasta,
escravo desta incredulidade doente...
e propenso a escapes.
Porém, não me culpem os constantes,
sou assim mesmo, movediço.
Sou aquele caniço
movido pelo vento;
cuja face aguerrida
pelo dorso curvado,
toca a Água da Vida.
(Paulo Cruz)
Um comentário:
Ao que parece sua prece foi mais que ou-vida, mais que sofr-ida, mas que uma prece: foi eco de c-orações.
Há-braços,
Miguel
Postar um comentário