à memória de Robert Bresson
Que deserto te cerca, asceta?
Onde vais com tua lancinante luz?
Limpando do céu os excessos,
cercando de sina os modelos,
moldando à inércia teus atos;
Onde vais com tua lancinante luz?
Limpando do céu os excessos,
cercando de sina os modelos,
moldando à inércia teus atos;
onde vais?
Agora que escuto o som de teus silêncios,
Agora que escuto o som de teus silêncios,
que ando atrás das expressões sem face,
faço uma prece e pareço entender
que a vida irradia em monotonia,
que a arte é o tormento do instante,
nutrindo, ainda que distante,
na alma dos homens o afã do infinito.
(Paulo Cruz)
faço uma prece e pareço entender
que a vida irradia em monotonia,
que a arte é o tormento do instante,
nutrindo, ainda que distante,
na alma dos homens o afã do infinito.
(Paulo Cruz)
2 comentários:
"a arte é o tormento do instante,
nutrindo, ainda que distante,
na alma dos homens, o afã do infinito."
Lindo, lindo, lindíssimo.
Um abraço, amigo.
Laion
Laion amigo,
Quanta generosidade.
Muito obrigado!
Abração,
PC.
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